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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

UNICAMP


História

Jovem, mas com tradição


A Unicamp foi oficialmente fundada em 5 de outubro de 1966, dia do lançamento de sua pedra fundamental. Mesmo num contexto universitário recente, em que a universidade brasileira mais antiga tem pouco mais de sete décadas, a Unicamp pode ser considerada uma instituição jovem que já conquistou forte tradição no ensino, na pesquisa e nas relações com a sociedade.
O projeto de instalação da Unicamp veio responder à crescente demanda por pessoal qualificado numa região do País, o Estado de São Paulo, que já na década de 60 detinha 40% da capacidade industrial brasileira e 24% de sua população economicamente ativa.
 

Uma característica da Unicamp foi ter escapado à tradição brasileira da criação de universidades pela simples acumulação de cursos e unidades. Ao contrário da maioria das instituições, ela foi criada a partir de uma ideia que englobava todo o seu conjunto atual. Basta dizer que, antes mesmo de instalada, a Unicamp já havia atraído para seus quadros mais de 200 professores estrangeiros das diferentes áreas do conhecimento e cerca de 180 vindos das melhores universidades brasileiras.
A Unicamp tem três campi — em Campinas, Piracicaba e Limeira — e compreende 22 unidades de ensino e pesquisa. Possui também um vasto complexo de saúde (com duas grandes unidades hospitalares no campus de Campinas), além de 23 núcleos e centros interdisciplinares, dois colégios técnicos e uma série de unidades de apoio num universo onde convivem cerca de 50 mil pessoas e se desenvolvem milhares de projetos de pesquisa.

O ensino conjugado à pesquisa
 

A Unicamp tem uma graduação forte com um grande leque de cursos nas áreas de ciências exatas, tecnológicas, biomédicas, humanidades e artes. Por outro lado, é a Universidade brasileira com maior índice de alunos na pós-graduação – 48% de seu corpo discente – e responde por aproximadamente 12% da totalidade de teses de mestrado e doutorado em desenvolvimento no País.
A qualidade da formação oferecida pela Unicamp tem tudo a ver com a relação que historicamente mantém entre ensino e pesquisa. Tem a ver também com o fato de que 86% de seus professores atuam em regime de dedicação exclusiva e 97% têm titulação mínima de doutor.
Isso faz com que os docentes que ministram as aulas sejam os mesmos que, em seus laboratórios, desenvolvem as pesquisas que tornaram a Unicamp conhecida e respeitada. E permite que o conhecimento novo gerado a partir das pesquisas seja repassado aos alunos, muitos dos quais freqüentemente delas participam — como é o caso dos estudantes de pós-graduação —, de um grande número de bolsas de iniciação científica para os alunos de graduação ou das atividades extracurriculares propiciadas pelas empresas juniores existentes em praticamente todas as unidades.
Levantamento por amostragem realizado recentemente mostrou que, dos aproximadamente 40 mil ex-alunos de graduação da Unicamp, 88,2% estavam empregados e que, desses, 48,3% ocupavam cargos de direção em empresas ou instituições públicas, 9,3% davam continuidade a seus estudos em nível de pós-graduação, 2,5% estavam desempregados e 1,8% eram constituídos de aposentados.

15% da pesquisa universitária brasileira
 

Ao dar ênfase à investigação científica, a Unicamp parte do princípio de que a pesquisa, servindo prioritariamente à qualidade do ensino, pode ser também uma atividade econômica. Daí a naturalidade de suas relações com a indústria, seu fácil diálogo com as agências de fomento e sua rápida inserção no processo produtivo.
Tal inserção começou já na década de 70, com o desenvolvimento de pesquisas de alta aplicabilidade social, muitas das quais logo foram difundidas e incorporadas à rotina da população. Exemplos: a digitalização da telefonia, o desenvolvimento da fibra óptica e suas aplicações nas comunicações e na medicina, os vários tipos de lasers hoje existentes no Brasil e os diversos programas de controle biológico de pragas agrícolas, entre outros.
Deve-se acrescentar a estas e às centenas de outras pesquisas em andamento um número notável de estudos e projetos no campo das ciências sociais e políticas, da economia, da educação, da história, das letras e das artes. A maioria dessas pesquisas não somente está voltada para o exame da realidade brasileira como, muitas vezes, tem-se convertido em benefício social imediato. No seu conjunto, elas representam em torno de 15% de toda a pesquisa universitária brasileira.
Atuando como uma autêntica “usina de pesquisas” e como um centro de formação de profissionais de alta qualificação, a Unicamp atraiu para suas imediações todo um polo de indústrias de alta tecnologia, quando não gerou ela própria empresas a partir de seus nichos tecnológicos, através da iniciativa de seus ex-alunos ou de seus professores. A existência desse polo, aliada à continuidade do esforço da Unicamp, tem produzido grandes e benéficas alterações no perfil econômico da região. 

Fortes relações com a sociedade


 A tradição da Unicamp na pesquisa científica e no desenvolvimento de tecnologias deu-lhe a condição de Universidade brasileira que maiores vínculos mantém com os setores de produção de bens e serviços. A instituição mantém várias centenas de contratos para repasse de tecnologia ou prestação de serviços tecnológicos a indústrias da região de Campinas, cidade onde fica seu campus central. Localizada a 90 quilômetros de São Paulo e com uma população de 1 milhão de habitantes, Campinas é um dos principais centros econômicos e tecnológicos do país.  

Para facilitar essa interação, a Unicamp conta, desde 2003, com uma Agência de Inovação, serviço que é hoje a porta de entrada para os empresários que necessitam modernizar seus processos industriais, atualizar seus recursos humanos ou incorporar a suas linhas de produção os frutos da pesquisa da Universidade.

Nas últimas décadas, o papel da Unicamp, como instituição geradora de conhecimento científico e formadora de mão-de-obra qualificada, atraiu para seu entorno um complexo de outros centros de pesquisa vinculados ao Governo Federal ou Estadual, além de um importante parque empresarial nas áreas de telecomunicações, de tecnologia da informação e de biotecnologia. Muitas dessas empresas — quase uma centena somente na região de Campinas — nasceram da própria Unicamp e da capacidade empreendedora de seus ex-alunos e professores. São as chamadas “filhas da Unicamp”, quase todas atuando nas áreas de tecnologia de ponta.

Além disso, a Unicamp tem se caracterizado por manter fortes ligações com a sociedade através de suas atividades de extensão e, em particular, de sua vasta área de saúde. Quatro grandes unidades hospitalares, situadas em seu campus de Campinas e fora dele, fazem da Unicamp o maior centro de atendimento médico e hospitalar do interior do Estado de São Paulo, cobrindo uma população de cinco milhões de pessoas numa região de quase uma centena de municípios.

 

Estrutura de ensino, pesquisa e apoio técnico


Unidades de ensino e pesquisa
Instituto de Artes
Instituto de Biologia
Instituto de Computação
Instituto de Economia
Instituto de Estudos da Linguagem
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Instituto de Física “Gleb Wataghin”
Instituto de Geociências
Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica
Instituto de Química
Faculdade de Ciências Médicas
Faculdade de Ciências Aplicadas
Faculdade de Educação
Faculdade de Educação Física
Faculdade de Engenharia Agrícola
Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo
Faculdade de Engenharia de Alimentos
Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação
Faculdade de Engenharia Mecânica
Faculdade de Engenharia Química
Faculdade de Odontologia de Piracicaba
Faculdade de Tecnologia


Outras Unidades de Ensino
Colégio Técnico de Campinas
Colégio Técnico de Limeira

Centros e Núcleos Interdisciplinares
Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética
Centro de Componentes Semicondutores
Centro de Documentação de Música Contemporânea
Centro de Engenharia Biomédica
Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura
Centro de Estudos de Opinião Pública
Centro de Estudo do Petróleo
Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência
Centro de Memória Unicamp
Centro Multidisciplinar para Investigação Biológica
Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas
Núcleo de Desenvolvimento da Criatividade
Núcleo de Estudos da População
Núcleo de Estudos de Gênero “Pagu”
Núcleo de Estudos de Políticas Públicas
Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais
Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação
Núcleo de Estudos Estratégicos
Núcleo de Integração e Difusão Cultural
Núcleo Interdisciplinar de Comunicação Sonora
Núcleo de Informática Aplicada à Educação
Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Teatrais
Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético

Unidades de Serviços voltadas à Sociedade
Hospital das Clínicas
Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher
Hospital Estadual de Sumaré
Centro de Diagnóstico de Doenças do Aparelho Digestivo
Centro de Hematologia e Hemoterapia
Centro de Estudos e Pesquisas em Reabilitação “Gabriel Porto”
Centro de Integração em Pediatria
Centro de Tecnologia
Editora da Unicamp
Escola de Extensão da Unicamp
Agência de Inovação

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